sexta-feira, 3 de julho de 2015

Perda


"Toda perda é dolorosa. Por exemplo, quando perdemos uma pessoa, uma esperança ou um bem que nos era precioso e importante, sentimo-nos muitas vezes, como se tivéssemos perdido um pedaço de nós, sofrido uma diminuição na alma e no corpo. 


Isso é verdade quando prolongamos a dor pela perda além do tempo conveniente e necessário para levá-la a termo. Procedendo assim, perdemos também, e para sempre, algo de nós mesmos. 

Entretanto, com o luto na medida adequada, recuperamos o que havíamos perdido, de uma forma que nos torna mais ricos, soltos e leves. Depois da perda, somos exigidos de novo, temos novas tarefas, novas relações, novas possibilidades de desenvolvimento. Quando as reconhecemos, o que foi perdido se incorpora a elas como uma experiência, uma boa lembrança, uma força, de forma serena e até alegre e sem continuar a prender-nos.

Nesse sentido, a perda serve à nossa transformação, acaba por enriquecer-nos, libera novas energias, continua atuando e se transforma em ganho." (Bert Hellinger)