sexta-feira, 1 de abril de 2016

Entre assassinos e vítimas, a cura da esquizofrenia



"Se em uma família houver assassinos, responsáveis pela morte de outros ou que, de modo velado, tiverem aprovado ou concordado com a morte de outros, eles pertencem às vítimas. Precisamos deixá-los partir para se juntar às vítimas. Se eles não o fizerem, um dos filhos fará isso por eles, mais tarde.

Inversamente, havendo vítimas em uma família, seus agressores fazem parte do sistema.
Quando, portanto, os descendentes das vítimas se elevam acima dos agressores, censurando-os, combatendo-os, um outro membro se torna agressor, apresentando energia de agressor. Em muitas famílias de judeus encontra-se um descendente com energia de agressor e, naturalmente, encontra-se algo semelhante também em outros contextos. Portanto, os agressores devem ser integrados ao sistema. Só assim a paz poderá reinar.

Se uma família tiver agressores e vítimas, há alguém que se identifica com ambos simultaneamente. Essa pessoa torna-se frequentemente esquizofrênica. Só quando vítimas e agressores forem aceitos na família e lhes for permitido se reencontrarem é que cessa a identificação com um ou outro, trazendo a cura da esquizofrenia."

Bert Hellinger, em A paz começa na alma, Ed. Atman, pg. 47.